Amy Jade Winehouse


por @AdamsDamas

Coisa difícil de se fazer às vezes ao falar de um ídolo de alguém: desmitificá-lo ou não? O documentário Amy (2015) do diretor Asif Kapadia, que estreou este mês na Netflix, resolve ser corajoso e dizer ao mundo como era a Amy Winehouse de verdade, sem meio termos, e o que a fez se tornar uma das maiores cantoras Pop dos últimos tempos!

Amy era uma garota como qualquer outra, nascida no subúrbio de Londres e de descendência judaica, descobriu-se cedo seu talento vocal. Incentivada pelos amigos e depois por produtores, chegou ao estrelato com Back to Black (2006) após a estreia com o primeiro álbum, Frank (2003).

Não quero detalhar muito de Amy aqui para não estragar a experiência de quem ainda não viu o documentário, mas, além do grande talento, soube-se também desde cedo seus problemas com a saúde e as drogas. O inicio com maconha e o alcoolismo foi mais agravado pela sua bulimia. O crack e a heroína só terminaram o serviço.

Aliás, não apenas o pó, como também, toda a pressão a que ela foi submetida devido ao sucesso com o álbum, shows, prêmios e tudo mais. Um casamento conturbado e o assédio irracional da mídia não a deixaram melhor do que ela aparentava ou que poderia ser.

Em certo momento do filme, Amy diz que seria mais feliz se não fosse toda essa pressão para ser uma popstar. Me fez lembrar de outro documentário com outra polêmica cantora: Nina Simone. Em What Happend Miss Simone? (também na Netflix), Nina diz que seria mais feliz se tivesse sido apenas uma cantora lírica e não uma jazzista como ficou conhecida na história e como Amy iniciou sua carreira. E só não acabou na total miséria por ser exatamente Nina Simone.

Longe de querer julgar alguém, contudo, vemos no filme um problema que muitas famílias passam sem percebemos. Amy se tornara forte em alguns sentidos e independente por ter pais ausentes e negligentes. Os poucos amigos que tinha tentaram ajudá-la até onde podiam. Quem sabe com um pulso mais forte da família, Amy não estaria conosco ainda. Mas seu pai dizia que ela estava bem; e foi daí que veio seu grande hit – veja só!

Assistam, é lindo, triste sim e excelentemente dirigido. Como disse antes é a construção e desconstrução de um ídolo, sem firulas, sem disfarces, como tem que ser. Fã ou não, descobrir que pessoas como a Amy são gente como gente nos faz refletir sobre nossos próprios problemas – pelo menos comigo é assim. E como uma trilha sonora dessa qualidade vira uma terapia e tanto!




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