RAP Raiz
por @AdamsDamas
Algo que todos nós negros temos que admitir: a grande, imensa maioria da população negra no Brasil, é que sempre seremos incompletos. Faltaria um ingrediente essencial na nossa feijoada pessoal que é a nossa raiz. De onde viemos exatamente, quem são nossos antepassados?
Algo que todos nós negros temos que admitir: a grande, imensa maioria da população negra no Brasil, é que sempre seremos incompletos. Faltaria um ingrediente essencial na nossa feijoada pessoal que é a nossa raiz. De onde viemos exatamente, quem são nossos antepassados?
Emicida
foi buscar isso.
Em seu mais recente álbum – Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa – ele tenta agregar
nosso elo perdido com a bagagem que levara para além-mar; e foi muito bem
sucedido!
Não que ele tenha largado o RAP, longe disso, os samples, os sketchs, a batida, ainda está tudo
ali. Mas ao juntar ritmos da cultura africana, parece evoluir um pouco mais.
Coisa que faz em cada disco e em cada novo som, Emicida tem se tornado um
músico completo. Ao evoluir, evolui o próprio RAP, fazendo um Rap Popular Brasileiro, diria.
Rimando África com Brasil, ele aproxima o continente
materno com o padrasto verde-amarelo, talvez na esperança de colocar um pouco
mais de luz na nossa história, na história negra.
(Veja a entrevista que ele deu para a Carta Capital)
Há quem não queira que isso aconteça. Seja por medo,
vergonha, preconceito, desinformação, mas Emicida esta aí! Ele fala e canta o
que queremos ouvir, o que não queremos ouvir e o que precisamos ouvir.
Há quem não queira que isso aconteça. Seja por medo,
vergonha, preconceito, desinformação, mas Emicida esta aí! Ele fala e canta o
que queremos ouvir, o que não queremos ouvir e o que precisamos ouvir.
Ouça mais Emicida!
Emicida está na programação do Novembro Negro da Rádio
Multiverso.

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